domingo, 14 de dezembro de 2008

A Feira Mundial de Columbia de 1893 e o declínio da Escola de Chicago.

O fim do auge da Escola de Chicago deu-se em 1893, quando vem transferida de Nova Iorque para Chicago a Exposição Mundial de Columbia.
O episódio, também chamado de “a traição de Burnham” (foto a esquerda), foi aos poucos sufocando os estudos da Escola de Chicago. No século XIX, a arquitetura estadunidense sofria influências de vários lugares e estilos, porém o classicismo consegue se sobressair perante estes outros estilos e, ao chegar em Chicago, ofusca o olhar dos artistas locais de maneira que gera um entusiasmo que Louis Sullivan declara como um prejuízo que duraria meio século no país.
Enquanto Sullivan se opunha ao estilo que ali acabara de invadir, homens como Burnham (que de fato tivera muita importância na ascensão da Escola de Chicago) seguiam obedientes as palavras dos mestres franceses. Porém, o comportamento de Burnham é compreensível, a demanda pela arquitetura clássica tinha tomado o lugar da arquitetura da Escola de Chicago, desta forma, Burnham junta seu fascínio pelo classicismo com o pedido dos clientes pelo novo estilo e leva sua firma, a D.H.B. & Co., criada em 1894 a frente, enquanto Sullivan e outros que se mantinham firmes à Escola de Chicago, que nesta época começa a ser considerada antiquada aos olhares públicos, tiveram suas carreiras destruídas. Mas o caso de Sullivan, apesar de estar dentro da Escola de Chicago e compor o corpo de sucessores de Le Baron Jenney, deve ser tratado de forma particular, assim como o de seu sucessor, Frank Lloyd Wright.
Sendo assim, a Feira Mundial de Chicago de 1893 encerra um período que pode ser considerado puramente americano: a Escola de Chicago.

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